FAMÍLIA: TRYPANOSOMATIDAE
GÊNERO: Leishmania
Classificações:
A) SUBGÊNEROS:
Leishmania
Viannia
B) COMPLEXOS:
- Complexo ”Leishmania mexicana” – Não apresentam tropismo visceral e causam lesões
benignas na pele, sem tendência a metástases nasofaringianas. Colonizam somente
intestino anterior e médio do inseto.
-Complexo “Leishmania donovani” – Forte tendência a visceralização (baço, fígado,
medula óssea e órgãos linfóides).
-Complexo “Leishmania braziliensis” – Não apresentam tropismo visceral, geram lesões
simples ou múltiplas com tendência a produzir metástases = Leishmaniose Tegumentar
Americana. Crescem no intestino anterior, médio e posterior do inseto.
HOSPEDEIROS:
-Vertebrados: mamíferos: roedores, marsupiais, cães, eqüinos, homem.
-Invertebrados: dípteros psicodídeos flebotomíneos. No velho mundo o gênero Phlebotomus e no novo mundo o gênero Lutzomyia .
HABITAT:
células do sistema fagocítico mononuclear: macrófagos.
Leishmaniose Tegumentar
-Leishmania (V) braziliensis
-Lutzomyia intermedia
-Lutzomyia whitmani
-Leishmania (L) amazonensis
-Lutzomyia flaviscutelata
-Leishmania (V) guyanensis
-Lutzomyia umbratilis
Leishmaniose Visceral
-Leishmania (L) chagasi
-Lutzomyia longipalpis
MORFOLOGIA:
HV: amastigota – De 2 a 6μm de altura por 1 a
3μm de largura, formato ovóide, intracelular, com
núcleo e cinetoplasto. Não apresenta flagelo
livre. Apresenta um flagelo invaginado alojado na
bolsa flagelar formada por uma invaginação da
membrana plasmática.
HI: promastigota – De 14 a 20μm de altura por
1,5 a 4μm de largura, é alongada, apresenta
flagelo livre, núcleo e cinetoplasto na região
anterior.
Legenda: amastigota (A) e promastigota (B) de Leishmania.
Fonte: Luis Rey – Parasitologia Médica – CD room.
CICLO BIOLÓGICO
Fonte: http://www.tulane.edu/~wiser/protozoology/notes/ls_lc.html
PATOGENIA E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
-Agressão traumática pela lise celular e espoliativa por utilizar nutrientes das células
hospedeiras.
-Induz a proliferação de macrófagos e a chegada de outras células de defesa
(neutrófilos, linfócitos T, plasmócitos).
-Formas clínicas: Leishmaniose cutânea, Leishmaniose cutâneo-mucosa, Leishmaniose
cutâneo difusa e Leishmaniose visceral.
A - LEISHMANIOSE TEGUMENTAR:
-Leishmania (L.) amazonensis - Forma-se uma tumefação na pele do indivíduo
(nódulos). Leishmaniose cutânea difusa (Forma anérgica).
-Leishmania (V) braziliensis – Formam-se úlceras que tendem a ser únicas, porém
com tendência e expansão formando grandes lesões. Leishmaniose cutâneo-mucosa
(Forma hiperérgica)
-Leishmania (V) guyanensis - Leva a formação de lesões ulceradas ou nodulares
múltiplas ao longo dos trajetos linfáticos em função da disseminação do parasita por esta
via.
B - LEISHMANIOSE VISCERAL OU CALAZAR:
-Fase cutânea - Geralmente é assintomática. As lesões podem curar-se
espontaneamente ou não, evoluindo para lesões crônicas que não cicatrizam.
-Por via hematogênica os parasitas atingem órgãos, onde são fagocitados por
macrófagos > multiplicação > proliferação dos macrófagos das vísceras levando ao
aumento de volume dos órgãos > hipertrofia de linfonodos hepatoesplenomegalia.
-Na medula óssea ocorre lentamente destruição do tecido hematopoiético que é
substituído por macrófagos.
DIAGNÓSTICO
A - LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
+Parasitológico: Pesquisa de parasitas efetuada a partir de:
-Biópsia de lesões cutâneas > Imprint > fixado com metanol e corado pelo Giemsa.
-Raspagem de lesões ulceradas ou punção da borda inflamada e da lesão nodular
prepara lâmina, fixa e cora com Giemsa.
-Histopatologia do material de biópsia.
-Inoculação em animais de laboratório (hamster) ou meio de cultura (NNN)
principalmente para L.(V) braziliensis onde há escassez parasitária.
+Imunológico:
- Teste Intradérmico
- Pesquisa de anticorpos séricos.
B - LEISHMANIOSE VISCERAL
+Parasitológico: Pesquisa de parasitas efetuada a partir de :
-Aspirado (punção) de material do baço, medula óssea ou linfonodo – esfregaço, fixa e
cora ou semeado em meio de cultura (NNN)
-Biópsia de fígado ou baço - imprint e histopatologia.
-Pesquisa de leishmânias no sangue (leucócitos) > centrifugação em tubo capilar >
creme leucocitário > fixa e cora ou semeia em meio NNN.
-Cultura: incubada a 24º a 26ºC examinadas 5, 7 ou 10 dias após. Se negativa, repicar
para novo meio 15 dias após.
+Imunológico:
- Pesquisa de anticorpos séricos
EPIDEMIOLOGIA
-Endêmica em regiões do velho e novo mundo.
-Os HI são flebotomíneos dos gêneros Phlebotomus (velho mundo) e Lutzomyia (novo
mundo).
-A importância de uma espécie de flebotomíneo como transmissor da leishmaniose
depende de seus hábitos alimentares (zoófilos ou antropófilos) e de seu habitat (silvestre,
domiciliar ou peridomiciliar).
-Com o desmatamento e com a construção de habitações próximas às matas, a
leishmaniose passou a ter um caráter mais urbano. Algumas espécies de flebotomíneos se
tornaram domiciliares e peri-domiciliares, infectando assim mulheres, crianças e animais
domésticos.
-Leishmania (V.) braziliensis: ocorre no norte, nordeste, sudeste e centro-oeste. É
causadora de leishmaniose tegumentar em áreas urbanas e periurbanas (flebotomíneo
transmissor tem hábitos domiciliares e é muito antropofílico). Tem animais silvestres como
reservatórios.
-Leishmania (V.) guyanensis: restrita à região norte (áreas próximas às guianas). Ocorre
principalmente em indivíduos que penetram nas florestas, não tendo um caráter urbano.
Tem animais silvestres como reservatórios (preguiça, tamanduá e gambá).
-Leishmania (L.) amazonensis: encontrada na região da bacia amazônica e estados
adjacentes. A infecção do homem é rara (L. flaviscutelata é pouco antropofílica e é
silvestre). Os casos estão restritos a indivíduos que entram na mata. Tem como
reservatórios roedores silvestres.
-Leishmania (L.) chagasi: nordeste é endêmico, casos em diversos estados como RJ e
MG. É urbana (L. longipalpis se adaptou a ambientes domiciliares e peri-domiciliares). Tem
como reservatório o cão doméstico que é muito importante, pois alberga grandes
quantidades de parasitas na pele.
PROFILAXIA
-Combate ao HI (inseticidas)
-Uso de repelentes e proteção pessoal ao entrar na mata
-Uso de telas de malha fina em habitações e canis
-Evitar construções residenciais próximas a florestas
-Diagnóstico e tratamento dos indivíduos parasitados
-Controle dos reservatórios (cães com L(L) chagasi - sacrifício)
fonte: http://www.professores.uff.br/apsudre/images/stories/Documentos/Leishmania.pdf
DIAGNÓSTICO
A - LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
+Parasitológico: Pesquisa de parasitas efetuada a partir de:
-Biópsia de lesões cutâneas > Imprint > fixado com metanol e corado pelo Giemsa.
-Raspagem de lesões ulceradas ou punção da borda inflamada e da lesão nodular
prepara lâmina, fixa e cora com Giemsa.
-Histopatologia do material de biópsia.
-Inoculação em animais de laboratório (hamster) ou meio de cultura (NNN)
principalmente para L.(V) braziliensis onde há escassez parasitária.
+Imunológico:
- Teste Intradérmico
- Pesquisa de anticorpos séricos.
B - LEISHMANIOSE VISCERAL
+Parasitológico: Pesquisa de parasitas efetuada a partir de :
-Aspirado (punção) de material do baço, medula óssea ou linfonodo – esfregaço, fixa e
cora ou semeado em meio de cultura (NNN)
-Biópsia de fígado ou baço - imprint e histopatologia.
-Pesquisa de leishmânias no sangue (leucócitos) > centrifugação em tubo capilar >
creme leucocitário > fixa e cora ou semeia em meio NNN.
-Cultura: incubada a 24º a 26ºC examinadas 5, 7 ou 10 dias após. Se negativa, repicar
para novo meio 15 dias após.
+Imunológico:
- Pesquisa de anticorpos séricos
EPIDEMIOLOGIA
-Endêmica em regiões do velho e novo mundo.
-Os HI são flebotomíneos dos gêneros Phlebotomus (velho mundo) e Lutzomyia (novo
mundo).
-A importância de uma espécie de flebotomíneo como transmissor da leishmaniose
depende de seus hábitos alimentares (zoófilos ou antropófilos) e de seu habitat (silvestre,
domiciliar ou peridomiciliar).
-Com o desmatamento e com a construção de habitações próximas às matas, a
leishmaniose passou a ter um caráter mais urbano. Algumas espécies de flebotomíneos se
tornaram domiciliares e peri-domiciliares, infectando assim mulheres, crianças e animais
domésticos.
-Leishmania (V.) braziliensis: ocorre no norte, nordeste, sudeste e centro-oeste. É
causadora de leishmaniose tegumentar em áreas urbanas e periurbanas (flebotomíneo
transmissor tem hábitos domiciliares e é muito antropofílico). Tem animais silvestres como
reservatórios.
-Leishmania (V.) guyanensis: restrita à região norte (áreas próximas às guianas). Ocorre
principalmente em indivíduos que penetram nas florestas, não tendo um caráter urbano.
Tem animais silvestres como reservatórios (preguiça, tamanduá e gambá).
-Leishmania (L.) amazonensis: encontrada na região da bacia amazônica e estados
adjacentes. A infecção do homem é rara (L. flaviscutelata é pouco antropofílica e é
silvestre). Os casos estão restritos a indivíduos que entram na mata. Tem como
reservatórios roedores silvestres.
-Leishmania (L.) chagasi: nordeste é endêmico, casos em diversos estados como RJ e
MG. É urbana (L. longipalpis se adaptou a ambientes domiciliares e peri-domiciliares). Tem
como reservatório o cão doméstico que é muito importante, pois alberga grandes
quantidades de parasitas na pele.
PROFILAXIA
-Combate ao HI (inseticidas)
-Uso de repelentes e proteção pessoal ao entrar na mata
-Uso de telas de malha fina em habitações e canis
-Evitar construções residenciais próximas a florestas
-Diagnóstico e tratamento dos indivíduos parasitados
-Controle dos reservatórios (cães com L(L) chagasi - sacrifício)
fonte: http://www.professores.uff.br/apsudre/images/stories/Documentos/Leishmania.pdf